Quando Lili MirezMoi me disse que o seu Sassy Cabaret celebraria, em 2024, o seu décimo aniversário, propus-lhe com entusiasmo a edição de um livro com as fotografias que tinha feito durante mais de um ano, e cuja venda pudesse ajudar a arrecadar fundos para este magnífico projeto. Lilli aceitou e deitámos imediatamente mão à obra.
O resultado é este livro: 139 fotografias de 20 artistas. O título, “Sassy”, remete para o nome do cabaré em inglês e que se traduz como “impertinente”. Poderia haver palavra melhor para descrever essa incrível iniciativa de Lili MirezMoi? E para dar visibilidade à diversidade tão ameaçada, que muitos parecem querer silenciar e marginalizar em diversos países da União Europeia e do mundo?
Se este livro servir para algo, que seja para dar voz a quem tentam, mais uma vez, empurrar para guetos e reduzir à condição de marginais.
O Sassy é agora também parte da minha família, e, por isso, vale a pena gritar uma frase que, a meu ver, sintetiza bem o seu espírito e missão: excluídos nos querem, impertinentes nos terão!
muitos olham, poucos querem mesmo ver
muitos falam, poucos têm o que dizer
muitos escutam, poucos se dispõem a compreender
muitos observam, poucos têm condições de absorver
Olhar e Ver não são sinónimos na língua portuguesa. Porém, quando o olhar supõe ler a alma de uma pessoa, as fotografias de Sérgio Aires conjugam os dois significados num só sentido. Ana Camelo, ao olhar para as fotografias, viu-as também com a sua alma.
As fotografias do Sérgio foram feitas em vários países e cidades por onde passou. Ana recebeu-as sem saber qual o local, circunstâncias ou dia da semana. Desse diálogo, 55 poemas sobre as 55 fotografias ganharam vida no livro Olhos de Ler - uma viagem sobre a natureza humana.
A edição de autor foi publicada em Novembro de 2018 e está disponível para encomenda em formato de livro e e-book.
A iniciativa “Singular do Plural”, promovida em 2016 pela EAPN Portugal, e da autoria de Maria José Vicente (textos) e Sérgio Aires (fotografia), insere-se na campanha nacional “A discriminação é falta de educação”.
20 pessoas. 20 ciganos e ciganas. 20 profissões. Porquê? Para desmistificar um plural - “os ciganos” -, supostamente representativo de uma entidade colectiva apenas imaginária, e quase sempre negativa, que procura classificar o todo ignorando as partes. E, maioritariamente, responsável pela manutenção de estereótipos negativos que alimentam a discriminação social e as suas maléficas consequências.
Nesta publicação, editada em dezembro de 2012, a EAPN Portugal procurou recolher um conjunto de testemunhos, e percursos de vida de pessoas que, nas mais diversas áreas, e nos diversos âmbitos, quer nacional, quer local, contribuem para a sociedade portuguesa, para o bem-estar das pessoas com quem interagem sendo um exemplo de que a idade não tem limites, mas que pode ser alvo de limitações impostas pela própria sociedade. Para saber mais, clique aqui.
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